domingo, 23 de setembro de 2012

Ópera Cavalleria Rusticana


Cursar a Pós de Produção Cultural em uma Universidade que volta e meia disponibiliza ingressos pros mais diversos eventos é, atualmente, um luxo.
E quando o ingresso em questão é para assistir uma ópera no Theatro Municipal do Rio de Janeiro o evento, a meu ver, torna-se imperdível.
Essa foi minha 2ª ópera esse ano.  E diferente da 1ª que tinha cenário, roupas de época, bailarinos e toda uma estrutura teatral, “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni, tinha uma concepção “mais simples” – porém não menos impactante e emocional.
Dessa vez estavam no palco Orquestra Sinfônica do Municipal regida pelo maestro Silvio Viegas,  o tenor Richard Bauer, a soprano Sylvia Klein, o barítono Leonardo Páscoa,  a soprano Leila Guimarães, a mezzo-soprano Regina Elena Mesquita,  mais o coro do Theatro composto de  42 mulheres e 44 homens que entoavam suas vozes numa linda harmonia para contar a história do  jovem soldado Turiddu, sua mãe Mamma Lucia, sua noiva Lola, o carroceiro Alfio e jovem aldeã Santuzza.

A Cavalleria Rusticana, ópera em um ato,  narra uma história que envolve amor, traição, lágrimas, religiosidade, adultério e vingança. Foi transformada em ópera com uma música de força única. Forte, lírica, dramática, bela e emocionante. É impossível não ser afetado pelo poder desta obra e o público italiano, na noite de estreia, imediatamente percebeu que estava diante de algo definitivo. Ela, que foi a primeira ópera de Mascagni a ser representada, pode ser considerada uma das mais importantes do Verismo. O Verismo é um movimento que visa somente expressar a realidade do mundo e não idealizá-la, como era a moda na segunda metade do século XIX. A honra de um camponês, nesta história que se passa no interior da Itália, foi reconhecida por plateias do mundo inteiro, como algo que poderia acontecer em qualquer outro tempo ou país. E por isso, por se tratar de um drama verdadeiramente humano, é que esta obra continua sendo sempre atual e universal.”, comenta o Maestro Silvio Viegas (site Theatro Municipal do Rio de Janeiro).

As canções, o modo de cantar, a emoção usada, os instrumentos e o ambiente me remeteram imediatamente para a Europa do século XIX - suas festas, suas roupas, seus preceitos, conceitos e preconceitos - numa viagem deliciosa e nem um pouco cansativa.
Vê você nunca assistiu, assista. Os preços atualmente são bem mais acessíveis (o mais barato custava R$ 18) e o Theatro Municipal, por si só, já vale cada real pago no ingresso.

*Tatiana Tete


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